Demasiada Loucura é o mais divino Juízo-
Para um Olhar criterioso-
Demasiado Juízo - a mais severa Loucura-
É a Maioria que
Nisto, como em Tudo, prevalece -
Consente - e és são -
Objecta - és perigoso de imediato -
E acorrentado -

Emily Dickinson (1830-1886)

Neste sentir, sem sentido, há um bem estar que desperta. Um sorriso que acompanha o fluir da energia libertada, em momentos agarrados e forçados, até ao último suspiro.

Rosa Parks 1913/2005
"I did not get on the bus to get arrested"

Sim ás armas...

Ter uma arma de fogo garante segurança? A esta pergunta, em pesquisa realizada por um jornal online, a resposta de 57,55% dos leitores foi não. No referendo, sobre a proibição de comércio de armas de fogo, a esmagadora maioria dos brasileiros disse não á proibição!Parece, no mínimo, caricato. Num país com tão alto índice de criminalidade a população quer, que as armas de fogo continuem a fazer parte do seu quotidiano. Armas para se defenderem de uma minoria organizada que o estado não consegue controlar. A minoria organiza-se e dita a lei.A maioria copia e falha na aplicação da receita.Porquê? Cobardia? Incapacidade de organização? Falta de criatividade? Os ventos "ianques" sopram fortes e vão até sul.

P.S Já se movimentam promotores para referendar a pena de morte!

...não os levem a sério...

- Sei apenas duas coisas muito simples, disse Heikal.
- São talvez as que eu próprio sei.
- Sem dúvida. É por isso que aqui estou, e é por isso que podemos falar com toda a franqueza.
- Diz-me então a primeira dessas coisas. Sou todo ouvidos.
- A primeira é que o mundo onde vivemos é regido pela mais ignóbil quadrilha de tratantes que alguma vez pisou o chão deste planeta.
- Subscrevo por inteiro essa afirmação. E a segunda?
- A segunda é esta: acima de tudo, convém não os levarmos a sério; é isso que eles querem, que os levemos a sério.

Albert Cossery in "A violência e o escárnio" Antígona

A nossa independência pessoal pode incomodar os outros pela inutilidade, que sentem, quando na impossibilidade de limitar os nossos movimentos fica a impressão de que fazemos, o que queremos quando queremos. Fazemos? Na verdade estamos longe de tal estado mas, a disponibilidade para o risco, para as experiências limites( interiores ou não), para num gesto tudo ganhar ou perder dão a insegurança suficiente para, por vezes, a opção ser afastarem-se e evitar o incómodo.

Hasta la vitória...?

Comenta-se a ausência de Castro na cimeira iberico-americana. Organizam-se manifestações contra o embargo americano. Facilmente se entende a solidariedade com o povo cubano. Solidariedade porque é quem sofre com o embargo. Contudo, estas manifestações que, normalmente, uma certa esquerda organiza acabam por lamentavelmente fazer o " branqueamento" do regime de Castro. Entende-se o que custa a morte do sonho da revolução cubana. O que não se entende é que não se consiga dizer BASTA a Castro.Já não há "Che", nem os "barbudos", nem Cienfuegos, há um regime que se comporta como qualquer outro de "direita" fascista. Castro continua a ser figura admirada por muita gente que se diverte com as suas tiradas e longos discursos inócuos. Pessoas há que votam no PSD e que acham piada a Castro chegando ao ponto de desejarem a sua permanência. As férias em Varadero valem isso! Aguarda-se o momento em que, Castro, seja apenas recordado em qualquer t-shirt como mais um simbolo de vai-se lá saber o quê. Ao povo cubano deseja-se que saia vitorioso, contra os americanos e contra Castro, pela sua vida.

Apetece rever...

A frequente visita do sorriso vem substituindo o encolher de ombros. Sorrir do que já deu vontade de chorar.Guardar as lágrimas para quando já não fôr possivel o sorriso que vai adiando o grito...

Terrorismo poético

Danças estranhas em caixas de multibanco abertas todas as noites.Fogos-de-artifício não autorizados. Arte da terra, coisas terrenas juncando os parques públicos como se fossem bizarros artefactos extraterrestres. Assaltai casas mas, em vez de roubar, deixai nelas objectos de Terrorismo Poético. Raptai alguém e dai-lhe felicidade.

Escolhei alguém ao acaso para convencer que acaba de herdar uma fortuna enorme, inútil e espantosa- digamos 5000 quilómetros quadrados da Antárctida, ou um velho elefante de circo, ou um orfanato em Bombain, ou uma colecção de manuscritos alquímicos. Compreenderá mais tarde que, durante alguns momentos, acreditou em algo de extraordinário, e em resultado disso acabará talvez por procurar um modo mais intenso de existência.

Aparafusai placas comemorativas douradas nos locais ( públicos ou privados) em que haveis experimentado uma revelação ou gozado de uma experiência sexual particularmente gratificante.

Parti despidos em busca de um sinal.

Organizai uma greve na vossa escola ou local de trabalho por eles não satisfazerem as vossas necessidades de indolência e beleza espiritual.

Hakim Bey in "Zona Autónoma Temporária" frenesi

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Na impossibilidade, imediata, de conjugar as duas será mais importante: saber porque se faz ou fazer bem sem saber porquê?

Sabiam que, afinal, os suecos falam e riem alto nos restaurantes? Que acham grandiosa a possibilidade de trocar conhecimento e experiências? Que sabem que enriquecem cultural e socialmente, tornando-se pessoas mais interessantes, com o intercâmbio entre países? Que se preocupam com os estudantes como "matéria em bruto" para o futuro do mundo a quem toda a atencão deve ser prestada? Pois, também, são assim os suecos.

O tempo estä öptimo!O sol brilha.O espaco alarga-se. A troca acontece. Jönköping abre-se a quem quer entrar...

Amanhã, Suécia. Jonkoping é o destino...

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