Tuesday, April 29, 2008

The revolution is postponed because...?

Serão várias as razões para adiar as revoluções. A mudança na atitude adiada e o sol a teimar em não brilhar. A chuva pode adiar a revolução. O medo de se ficar molhado vai conduzindo à secura interior. O deserto que se quer de contemplação e noites fantásticas anuncia a aridez que seca a garganta que não grita. O silêncio quer tomar conta. O silêncio dos amordaçados e temerários. Faz-se a revolução interior e na luta, que seja a última, dá-se o que se tem e o que se rouba. Rasga-se o peito, vai-se ao interior e palpa-se o que bate, o sangue vibrante ameaça explodir. Fizeram-nos assim? Vira-se tudo do avesso no desespero de chegar ao desejado. Passou pela cabeça de alguém que desistir era a opção? Fatal engano.Nem há adiamento possivel.

Friday, April 18, 2008

Procura-se nos dias as noites adiadas. Chegada a noite os desencontros vão sendo esbatidos. Vida de desencontros com encontros vibrantes. O sangue corre e com ele a agitação que transpõe distâncias, obstáculos e silêncios. Emoção sem razão. Agora, o tempo, parece ser de razão. Adia-se a intimidade e formalmente a emoção esbate-se. O sangue gela. Correctamente, há que pensar antes de agir.É essa a transgressão possível?

Monday, April 07, 2008

Há quem tenha esperança. Há quem apenas tenha desespero.O desespero da existência de qualquer possibilidade de alimentar a mínima esperança, num caminho reconhecidamente sinuoso, de que certos caminhos jamais serão percorridos. Cola-se à pele o estigma, os dedos apontados lembram a direcção do que se foge, no horizonte a linha é o fio afiado da navalha que anseia pelo pescoço que sempre se anunciou. Esbraceja-se, de mãos e pés atados, o grito na garganta a recusar tornar-se um sussurro e a fúria de viver adormecida.