Monday, February 27, 2006

Dias de combustão interna III

"Desembarcar num pântano, marchar através de bosques e sentir que a selvajaria, a verdadeira selvajaria de um posto interior, se fechou à volta dele-toda a misteriosa e selvagem vida que põe florestas e matagais a vibrar, o coração dos homens não civilizados.Não são mistérios em que as pessoas possam iniciar-se. Só há que viver no meio do incompreensível e detestável também. Mas fascinante e capaz de actuar em nós.Como sabem, a fascinação do abominável. Imagine-se a saudade crescente, o forte desejo de evasão, impotente desagrado, a abdicação, o ódio."
O Coração das Trevas/ Joseph Conrad

Wednesday, February 22, 2006

Dias de combustão interna II

A noite estrelada/ Vincent Van Gogh

Tuesday, February 21, 2006

Dias de combustão interna...

A memória dos cânticos dos peregrinos em Tanhauser, o desespero de quem seguiu os instintos, estimula o raciocínio para o desajustamento em que alguns vivem. O romantismo já era. Não o romantismo da oferta de flores, fins de semana bucólicos ou jantares em dias especiais. O romantismo que, com a dor arranca lágrimas e com o prazer do vivido, nos leva a permitir a entrada do outro na nossa pele é algo que está desajustado no momento actual. Vivemos o pós-romantismo, neo-romantismo? Os companheiros de desajustamento também não se importam com o ismo em que vivemos. Porém, uma tentativa de "adaptação" à época, parece anunciar uma facilitação da vida. Agora, importa que, acima de tudo não nos façam chorar. Mesmo que, não se vibre e grite de prazer, o importante é que o coração esteja calmo, sossegado. Nada de deslocar o centro de gravidade na direcção do outro e cair na dependência. Dizia Rilke para Salomé: ...E, se o cérebro me incendiares também por fim/ Hei-de então levar-te no meu sangue. Que bom desajustamento.

Sunday, February 19, 2006

Na superfície, a metamorfose da embriaguez

" Que há dentro deste ser, que não tem limites? Que há dentro deste ser de real e verdadeiro? cada um assume proporções temerosas.Caem lá dentro palavras, sentimentos, sonho - é um poço sem fundo, que vai até à raiz da vida.À superfície todos nós nos conhecemos.Depois há outra camada, outra depois. Depois um bafo. Ninguém se conhece a si próprio quanto mais aos outros, e só à superfície ou lá para muito fundo é que nos tocamos todos como as árvores de uma floresta- no céu e no interior da terra. De mais baixo ainda vêm terrores, ânsias, desespero...A maior parte das criatures não só se ignoram como não passam nunca da camada superficial."

Raúl Brandão in Húmus

Wednesday, February 15, 2006

Em ritmo contínuo o prazer do desassossego...

Broadway-boogie-woogie/ Mondrian

Tuesday, February 14, 2006

Isto de se olhar o mar e recusar o seu chamamento, na boca do inferno, dá que pensar. Até parece que se tem mais que fazer...

Monday, February 13, 2006

Professor, obrigado por tanto nesta caminhada para o nada...

Sunday, February 12, 2006

Daniel, não seja cansativo!
Clara Ferreira Alves no Eixo do Mal

Tanto carinho e falava-se de liberdade de expressão, moderação e por aí fora.

Thursday, February 09, 2006

Coisas estranhas estão a acontecer! Um post aqui colocado desapareceu. Um comentário de AF foi apagado. Quero deixar bem claro que aqui não se apagam comentários! Até ao momento não sei o que aconteceu, talvez algo "twiligth zone"?Peço desculpa a AF pelo sucedido.

Tuesday, February 07, 2006

Estou farto de crentes.Crentes futebolísticos, religiosos, politícos e até dos crentes na ciência. Resumindo, acho que, estou farto de mim mesmo.

Thursday, February 02, 2006

IRREPREENSÍVEL!



... e a arte de despir uma t-shirt...(soft bondage)

Sem espinhas , Mr Allen!