Liberdade silenciosa
Percebe-se o silêncio. Até há, eventualmente, perguntas a fazer.Como o fazer sem perder a posição de quem reconhece o espaço do outro para que o seu jamais seja invadido? Tudo sem limites. Tudo limitado pela liberdade individual.
Cartas desesperadas de baralhos descartáveis. Sabe-se que assim tem que ser. Estranhos em baralhos arrumados, usados até ao limite em que o desejo vibrante, a fúria de mais querer, a disponibilidade para muito mais desbravar deixam de ser o essencial e tudo o resto vale mais. Descarta-se.Mata-se o desejo que é de sempre. E o corpo, eterno insatisfeito, vibra, pulsa, contorce-se e fecha-se em si mesmo.