Os olhos comem. Alimentos devorados com prazer, movimentos de mãos e olhos procurando com insistência os sinais do desejo que ardia. Os corpos olham-se e pulsantes saltam um para o outro. A violência dos movimentos, em ansiedade, esquecem a mesa que abana. O descontrolo é a palavra de ordem. A interrupção é o que menos se deseja. Trava-se.Alguém tem que parar. Recusa? Como se explica, sem parar, que não há preservativo? Antes era desnecessário. Esquecimento. O que era para começar, acaba. Recusa? Afinal até havia a toma da pílula. Essas podem passar no aeroporto.Na solidão, o que nunca passará é a dor do momento crucial perdido.
Friday, November 16, 2007
Friday, November 02, 2007
Aprende-se a pedir o máximo para obter o mais possivel. Dá-se o que se tem, sem esforço, como sendo o máximo possível. Ao deparar-se com a insatisfação de quem recebe procura-se esforçadamente, perceber a incapacidade de mais dar. O tudo que se dá é afinal um nada absoluto. Pede-se, então, que seja dada permissão para dar sem esperar receber mais nada.