Monday, January 24, 2005

Sem saída...

A diferença e o direito à diferença, as causas marginais e o direito das minorias, o respeito pelo outro com todas as suas ideias, parecem ser o que leva alguns portugueses a verem no bloco de esquerda um lugar de debate e elevação na tão triste vida politica portuguesa. A esses portugueses, mesmo que não votantes no bloco, Francisco Louçâ deve um pedido de desculpas!
Não se pede uma autocrítica, que faz lembrar outros tempos, mas um esclarecimento sobre se o que foi dito a Paulo Portas foi um desregulamento cerebral momentâneo, se foi o vir ao de cima a tentação autoritária (já algumas vezes suspeitada) ou se ouvi mal!Esperava,quando começou a falar Louçã, que a retirada do direito a falar de vida a Paulo Portas era motivado pela sua associação aos que bombardearam o Iraque,mas não! Louçã desceu ao nível mais baixo que imaginava para argumentar num campo que já o vi bem melhor.Qual é o Louçã em que devo acreditar? Todos falhamos.Foi uma falha? Então, como muitas vezes já vi Louçã pedir em situações semelhantes a outros, esclareça-nos e mostre-nos que a sua moral não é melhor que de outros.Pode ser debatida. Se tal não acontece, a diferença é...nenhuma de Louçã para outros e então não há mesmo saída para isto.

Sunday, January 09, 2005

" São estas as minhas virtudes - bem como os meus vícios - orgulhosa ira -, tudo levado ao extremo, de um desajustamento do pensamento face aos costumes que não tem igual, ateu até ao fanatismo, eis em duas palavras o que eu sou, por isso, mais uma vez digo, matai-me ou aceitai-me tal como sou, porque nunca mudarei." Sade

O triunfo da mediocridade

NOTA DE IMPRENSA - Segunda, 3 de Janeiro 2005
FARO ASSINALOU COM FESTA DE GRANDE SUCESSO A PASSAGEM DE ANO, TENDO SIDO GUARDADO UM MOMENTO DE SILÊNCIO EM MEMÓRIA DAS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA NO SUDOESTE ASIÁTICO

Isto ainda acaba mal!Já não é surpresa a incompetência, ignorância, limitações dos detentores de cargos politicos neste país. O que é surpreendente é como o triunfo da mediocridade impunemente passa pelos nossos olhos. Numa nota de imprensa que se encontra no site da câmara de Faro, com seis(6) parágrafos, encontramos uma pérola do que é o poder autárquico. Em quatro( 4) dos seis parágrafos o Presidente da câmara é referenciado. Não aprofundando a questão da construção das frases e estrutura da referida nota, o que daria um artigo de correcção digno de qualquer Edite Estrela, já a conta em que o Dr. José Vitorino se tem é de referenciar- elevada modéstia. Senão, veja-se:As estimativas apontam para a presença de cerca de 15.000 pessoas, que ali brindaram à passagem do Ano Novo, assistindo ao lançamento do fogo de artifício, tendo-se o Presidente da Câmara integrado na festa como um simples munícipe no meio de outros munícipes. Note-se que o homem não é um qualquer munícipe e mesmo assim deu o prazer da sua presença aos simples munícipes.César desceu até ao povo!
E seguindo na sua caminhada modesta, determinou, acompanhou e cumprimentou...
Antes da contagem decrescente que assinalou a mudança de 2004 para 2005, por
determinação do Dr. José Vitorino, o locutor pediu aos participantes para guardarem um minuto de silêncio em memória das vítimas da tragédia provocada pelo maremoto no sudoeste asiático.
Já na parte final do convívio, verificou-se um conflito entre alguns jovens, que foi resolvido com a intervenção da PSP. No decorrer da festa houve também necessidade de solicitar a presença da ambulância dos Bombeiros para levar ao Hospital um homem que estava ferido. Em ambos os casos, o Presidente da Câmara acompanhou directamente a situação.
Com votos de bom ano termina o Dr José Vitorino a sua nota!!
Quem é que esse tipo pensa que é? Lamentável é não haver no referido site um espaço para os eleitores dizerem o que ele devia ouvir. Até quando isto vai continuar? Tirem-me esta gente da frente. Ele não sabe pedir a alguém para escrever o que não sabe dizer?Isto não vai acabar bem...
Será que laranja, sumo de laranja faz isto ao cérebro?

Amo, nunca mais!

Sempre que recorro às várias formas do verbo amar é por ausência de palavras que signifiquem o que quero expressar. Verifico que, só quando digo a terceiros que amo alguém, essa palavra tem a verdadeira dimensão para mim. Porquê? Talvez porque há quem ame o seu trabalho, a sua música, o seu amante, que tem um coração grande aonde cabe todo este amo( a Zambrano explicará melhor) e eu não. Porque não acredito que o meu amo seja igual ao do cantor pimba, do politíco mentiroso, da falsa amante. Não estamos a falar do mesmo.Tenho que encontrar outra palavra. Amo-te, parece agradar a muitos que ouvem. Eu, se o digo, uma vez dito fico com a frustação de não ter dito tudo o que queria.Odeio isto, talvez porque Amo, amo-te, não mais serão palavras a usar.