Monday, February 14, 2005

O absolutismo da maioria II

O dia até amanheceu depois da noite ter terminado. As primeiras páginas dos jornais davam lugar de destaque às eleições. O PS venceu as eleiçoes com maioria relativa. Socrátes, ao contrário do que anunciou, amuou. António Vitorino tomou as rédias do partido e do futuro governo. A votação no PSD foi suficiente para manter uma oposição considerável. Contudo, Santana, não suportou a pressão dos seus pares e Durão, dado o peso na consciência, arranjou um lugar na Europa para o seu sucessor. O PP e Portas teve uma votação histórica e elegeu um deputado - Narana Coissoró. Portas, exila-se no interior norte aonde se sente acompanhado pelos membros da classe média que defendem os valores morais da classe. O silêncio e a meditação, dizem fontes próximas, poderá ser o caminho para a entrada na vida austera de um mosteiro. O PCP com uma votação um pouco abaixo do normal( muitos dos antigos votantes já faleceram) nada muda. Louçã com a subida do BE, admite deixar de intervir nos orgãos de comunicação e assim não ter de recorrer à adjectivação a que nos habituou. Sem maioria absoluta o país não entrou no caos. O debate atinge níveis de qualidade que fazem lembrar os dias de Cunhal, Carneiro, Soares, Moreira e outros.
A vida talvez tivesse mais graça assim. Sonhar é preciso.

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