Em breve falaremos de pessoas bronzeadas, de calor e sol, de Vermeer e Van-Gogh, de restaurantes com "camas", de bairros aonde a vida fervilha, de papoilas, performances e algo mais...falaremos de AMESTERDÃO!
Tuesday, May 31, 2005
Tuesday, May 24, 2005
” A existência do mal não pode ser negada, mas a maldade da existência do mal pode não ser aceite” Fernando Pessoa
Monday, May 23, 2005
Queremos ver Lisboa a arder????
Num dia festa, para muitos, poucos mostraram a sua vontade, o seu empenho em estragar a festa. Já começa a ser um lugar comum, a irracionalidade "saudável" de se escolher um clube, levar a comportamentos menos edificantes. Perder ou ganhar parecem não ser as consequências possiveis de um jogo. No jogo da vida sabemos que vamos perder. No que jogamos ao longo da vida temos a possibilidade de mesmo perdendo aprender para ganhar. Não se fala de vitórias morais. São as responsabilidades educativas, formativas que vamos tendo que levam a uma necessidade de meditação sobre o que é o ganhar e perder.O desporto enquanto prática formativa de carácter, espírito de equipa, apresenta-se por vezes como um estímulo para atitudes comportamentais, apaixonadas, que levam ao afastamento em vez da aproximação das pessoas. Queremos ver Lisboa arder!Gritava um grupo de adeptos porque outros festejavam o seu dia de glória. Não, não quero que Serralves, o Labirinto, o Passos manuel, a casa da música, o Aniki- Bóbó, o Teatro S.joão, o estádio do dragão... ardam, só quero mesmo que o clube que escolhi ( não sei bem porquê), ganhe. Se perder...a noite não vai ser diferente.
Sunday, May 08, 2005
Há sensações que, porque desagradáveis, gostariamos de não voltar a viver. Cerca de vinte anos passados há quem olhe para a minha pele, depois de ter ouvido a minha voz ao telefone, com desagrado suficiente para não me alugar a sua casa. Há vinte anos atrás, procurava um simples quarto para daí desbravar a amada Lisboa. Quantas recusas, quantas situações caricatas então vivi. Hoje procuro uma casa, um apartamento para estar e continuar a viver. Gostava de pensar que é em mim que está o preconceito.Tento acreditar que assim é.Mas os factos... Nada mudou!Fico triste e comigo outros ficam. Por experiência própria sei que muitos me olham como igual, embora diferente. São os que interessam. Mas doi e não é pouco porque passou muito tempo e agora outros que tanto quero poderão estar sujeitos ao mesmo. Vinte anos!Não me apetece mais:" We shall overcome someday( Luther King)", "a luta contínua", etc. Já só penso em sair, ir-me embora. Ir-me e deixar os que antes de mim( por vezes sou ingénuo) já tinham dado conta do que se passava?Deixar que a tristeza me cegue e não veja que tenho perto quem me queira e permite que lhe queira?Não. Vai ser preciso muito mais do que isso para abandonar os que comigo se surpreendem e sofrem com isto. A tristeza não tem fim... mas continuarei a tentar fazer das minhas noites melhores que os dias deles...
Em 1998, após mais uma trapalhada para alugar uma casa, na pág.67, um amigo dedicava-me umas palavras que hoje são tão actuais como naquela data:
O teu sangue vivo despertou.
Pelo fotograma de um deserto
infindo, pelo ritmo pegado
à roda da água, à régua
da nora, pela água que veio
no milagre que quiseste, dar-lhes
a água à pele seca, humana.
"Não há quem não venha
por impaciência do macho
seja em África seja na Europa."
O teu sangue vivo amedrontou-se.
Aquilo já não é meu
e isto ainda não é, vou procurar
na música as contradições.
Vou procurar uma casa,
um fiador, bem vê, é preciso,
para dentro dos meus olhos
não vêem um branco. Roubei
amurada de onde vejo jangadas
ancoradas ao meu coração.
Helder Moura Pereira in amor carnalis
Ajudou e deu força, again.
Em 1998, após mais uma trapalhada para alugar uma casa, na pág.67, um amigo dedicava-me umas palavras que hoje são tão actuais como naquela data:
O teu sangue vivo despertou.
Pelo fotograma de um deserto
infindo, pelo ritmo pegado
à roda da água, à régua
da nora, pela água que veio
no milagre que quiseste, dar-lhes
a água à pele seca, humana.
"Não há quem não venha
por impaciência do macho
seja em África seja na Europa."
O teu sangue vivo amedrontou-se.
Aquilo já não é meu
e isto ainda não é, vou procurar
na música as contradições.
Vou procurar uma casa,
um fiador, bem vê, é preciso,
para dentro dos meus olhos
não vêem um branco. Roubei
amurada de onde vejo jangadas
ancoradas ao meu coração.
Helder Moura Pereira in amor carnalis
Ajudou e deu força, again.
Saturday, May 07, 2005
" A tristeza que às vezes nos visita antecipa em nós lutos muito mais complicados. É porque a conhecemos, porque nos habituamos a fluir ou a sacudi-la, que acedemos à compreensão que a dor não é o fim..." Prof.Isabel Leal in Caras
Friday, May 06, 2005
Num momento de tristeza, folheando uma revista "cor de rosa", enquanto se come qualquer coisa ocorre-me que, só as pessoas que não compram aqueles produtos nem consomem telenovelas e programas afins deveriam ter acesso a eles. Parece-me essencial um certo espírito crítico que não me parece acompanhar os grandes consumidores de tais produtos.
Tuesday, May 03, 2005
Começa a pairar no ar a ideia que o PS não aposta nas presidenciais. Não sabemos até que ponto isso é verdade. O que tal ideia, a ser concretizada, nos diz é que a função presidencial não tem validade, importância relevante. Qualquer um serve, para ser presidente, mesmo que a única qualidade reconhecida seja liderar um grupo de seres no sentido de manter as contas da mercearia em dia. É verdade que isso é muito importante. Mas o que interessa isso para a função de garante de liberdades, garantias de elevação cultural, imagem internacional entre outras deste povo? Parece pouco. É pouco o que se pede. Cada vez mais o espanto pelo pouco que se pede é maior. Seria excessivo esperar que alguém sugerisse o fim do cargo presidencial e outros.Então se querem ou têm que ter um presidente que não seja um qualquer que é qualquer coisa, que seja um qualquer que não é nada. Cavaco Silva, não!!