Wednesday, January 04, 2006

Cinza Ardente

Por qualquer dever cívico procuramos alertar os outros para o que pensamos ser prejudicial à sua vida. Solidarizamo-nos com as naúseas, enxaquecas, fome exagerada ou aumento de peso no processo traumático de abandono de uma dependência. A mistura de sentimentos, as posições assumidas e a assumir com as "novas regras" que se adivinham, levantam a questão da liberdade individual e crença na sã convivência entre ser pensantes. Se há os que resolvem, sem qualquer pressão legislativa ou de companhia de seguros parar de fumar, outros há que circunstâncias da vida os privaram de tal. Essa privação é a privação de um prazer. Prazer que mata, dirão alguns, mas prazer.Porque se fala de tabaco os malefícios, para a saúde, surgem-nos inquestionáveis. Outras questões se levantam neste momento. Momento em que à pergunta sobre o que se sentia, agora que já não se fumava, a resposta foi:uma enorme tristeza. A tristeza era visível no olhar. A tristeza também pode matar.

3 Comments:

Blogger Vagabundo said...

Cá estou de novo..a "fuga"terminou, está na altura de voltar a visitar os Amigos.

Fica Bem
Vagabundo

9:28 AM  
Blogger merdinhas said...

Visitar os amigos parece-me bem.

Depois há isso do sexto dedo. Sobretudo no início do ano. A previsão é de que muitos sextos dedos se tentam amputar.
E a tristeza também pode matar?
Assim nem com um machado...
Abraço. Aparece, pelo menos lá na blogerie.

3:13 PM  
Blogger Naked Lunch said...

mata mata. mas não é má de todo. também enriquece. há um conto de um desenhador português José Fernandes, que fala nisso. um idoso tenta escapar à prescrição de prozac. foge para ouvir maller às escondidas (o médico tinha proibido). no final não se escapa e estupidifica...feliz

4:41 AM  

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