where the f**k is my privacy?
Abandonadas as paredes, que protegiam, a entrada no espaço público oferece-nos a cidade vigiada. É preciso um levantamento em caixa automática e já nos "convidam" a sorrir porque estamos as ser filmados. A graça que se predente esbarra com a intromissão revoltante. Até apetecia beijar os lábios que estão ali ao lado. São beijos que não se querem filmados. O carro poderia ser o refúgio.Fugir pela auto-estrata. Afinal os olhos invisíveis estão lá, percorrem o espaço connosco, sem serem convidados. Se se distraem por momentos logo nos lembram da sua presença nas "barreiras" que limitam o espaço e registam a nossa passagem. Where the f**k is my privacy? E o desejo aperta, por segundos as mãos tocam-se, um hotel precisa-se. E a dúvida está instalada. Aonde estarão as próximas câmaras? Uma frase ecoa-"abdico de parte da minha liberdade por uma maior segurança". Que parte?
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